Fiz 40… no domingo passado

Fiz 40 no domingo passado. Foi um dia solarengo e tranquilo, passado na frescura das margens do Rio Ceira com família e direito a mergulhos e piquenique.

Há uns anos criei o hábito de escrever uma carta para mim – a “Eu do ano seguinte” agradecendo as coisas boas do ano que passou – mas que é na realidade o próximo ano que ainda não aconteceu – É um bom exercício de visualização/ manifestação.

É curioso ler a carta no ano seguinte e ver o que realmente aconteceu, o que correu como planeei, o que ainda não consegui, de que forma as águas fluíram no curso do rio… se houve muitas ou poucas surpresas…

A nível de trabalho, se por um lado foi melhor do que eu poderia imaginar, por outro, a minha organização e foco dispersou-se um pouco e não me levou a alcançar alguns dos objetivos. O ano de trabalho foi rico em projetos, pedidos desafios e aprendizagem, mas a minha loja ressentiu-se com a falta de novas criações e “produtos” que eu gostaria de já ter criado e lançado.

Na Quinta/Casa, as obras pararam quase por completo neste último ano… e eu imaginava/desejava que por esta altura já tudo estivesse concluído… No entanto dou graças por tudo o que já conseguimos fazer nestes últimos anos, com tanto esforço e com as nossas próprias mãos. Por termos conforto, espaço, e eu ter o meu pequeno estúdio para trabalhar.

Na verdade, não fico nem um pouco frustrada se as coisas não correram todas como desejei… porque é aí que reside a beleza da coisa… e hoje agradeço cada um dos acontecimentos com que não contava.

Tudo é caminho, e cada coisa tem o seu tempo. Se o sonho ainda não aconteceu não perco o foco e continuo a caminhada.

A minha carta (do ano passado) comecei assim:

“Hoje tenho 40. O último ano foi tão cheio de aprendizagem e evolução… A mudança instalou-se encontrando o seu lugar. Finalmente, calma e tranquilidade…”
(…)

A Aprendizagem e a harmonia na minha vida são duas das coisas que mais prezo.

Quanto à idade…. um brinde à nova década!!! 🍾🥂

E finalizo com este excerto do livro que estou a ler da Clarissa Pinkola Estés, “A dança das mulheres sábias”:

《A alma de uma mulher é mais velha do que o tempo e o seu espírito é eternamente jovem…sendo que a união de ambos compõe o “ser jovem enquanto velha e velha enquanto jovem”.》

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Joana